terça-feira, 14 de agosto de 2007

Sinopse

Como me tornei estúpido traça o curioso perfil do anti-herói contemporâneo Antoine, um rapaz de vinte e cinco anos, que vê na sua aguçada inteligência a causa de todos seus problemas. Para Antoine, a inteligência e a consciência crítica são empecilhos para alcançar a felicidade na sociedade atual.

Após as tentativas frustradas de se tornar alcoólatra, entrar num curso de suicídio, e até de fazer uma cirurgia para retirar uma parte do cérebro, ele se convence a renunciar ao pensamento e se propõe a percorrer uma saga rumo à estupidez.
A primeira atitude radical é instalar uma televisão no meio da sua casa. Ele atinge o ápice de sua experiência estúpida ao ser contratado como operador da Bolsa de Valores e ficar milionário derrubando acidentalmente café nos teclados da Empresa Investidora. Assim, nosso herói tenta de todas as maneiras se adaptar à sua nova condição – entre outras coisas isso significa comprar, comprar, comprar, enquanto a sua consciência dorme.

Mas as peripécias de Antoine não duram muito. Entre um intervalo e outro de Felizac (o anti-depressivo receitado por seu médico) o herói fica vulnerável ao seu próprio veneno, seu cérebro ainda dá sinais de estar vivo e sua dificuldade de sentir-se um membro efetivo da sociedade vem à tona. Até que o "resgate" de fato acontece, de uma forma nada convencional, com a ajuda dos excêntricos amigos, Ganja, Charlotte, Rodolphe e Aslee (que brilhava no escuro por ter comido um complemento de vitaminas com erro na dosagem de fósforo, quando criança).

O espetáculo, assim como o livro faz uma crítica afiada ao consumismo e ao pretenso livre-arbítrio que torna todos semelhantes. Uma rebeldia bem-humorada contra essa sociedade que exige a estupidez como passaporte e oferece a massificação como recompensa.

2 comentários:

Unknown disse...

Li esse livro em 2006,emprestado por uma amiga e ñ sosseguei enquanto ñ consegui comprar um exemplar para mim.Desde então,faço propaganda dele para td mundo e já o emprestei para n amigos. Fiquei mto feliz ao saber que alguém teve a brilhante idéia de adaptá-lo para o teatro,tenho certeza de que o resultado está maravilhoso e assim que tiver um break nos trabalhos da faculdade irei assistir,mas desde já,parabéns pela iniciativa.Antoine teria adorado.Abraços a todos. Paula

Briisa disse...

eu gosti *--* KKK